Às vezes abro a minha janela e o vejo lá. Sempre está longe. Ou pelo menos, parece longe... Eu o olho e tenho vontade de fazer algo pra chamar a atenção, ou chamá-lo pra sair. Mas fico pensando: o que ele vai pensar de mim. Quanto atrevimento dessa menina?! Penso então, em só dizer oi, acenar talvez, sorrir... Ou me aproximar um pouco mais e naquela conversa de quem está sem o que dizer, dizer: faz tempo que não chove, né?! Tá frio hoje, nossa!!! Ou talvez eu diga, e aí, o que conta de novo? Por onde tem andado? Mas e se ele não estiver a fim de conversar? Tem dias que a gente não tá, né... E se ele nem se lembrar mais de mim? Ás vezes a gente não lembra, né...
Mas aí, da minha janela eu fico pensando que eu poderia dizer toda a verdade. E toda a verdadeque uma vez foi o suficiente pra deixar o meu coração boo e encantado...Que depois dakelle dia, não tem um só dia que não me lembre dele...
Mas ele continua lá. Tenho certeza que alheio a minha presença. Ao meu coração. Aos meus medos. Angústias. Desejos...
Hoje ele está lá. Como o está todos os dias. Como sempre esteve e nem me viu. Vou fingir de novo que não o vi. Talvez um dia eu acabe desistindo mesmo dessa coisa que se chama AMOR. Ou não. Talvez um dia ele venha pra sempre. Talvez um dia ele venha... Ou não. Talvez venha feliz. Tem que ser assim... Se não, é melhor continuar ali, longe de mim...
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